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Estado de Minas

Para Alckmin, não dá para comparar ciclovias da Prefeitura e do Metrô


postado em 11/08/2016 19:13

Sorocaba, 11 - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) contestou nesta quinta-feira, 11, as conclusões da 5ª Diretoria de Fiscalização do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de que a ciclovia feita pela Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) na linha Ouro do Monotrilho custou quase seis vezes o preço médio das ciclovias da Prefeitura de São Paulo. O custo do metro da ciclovia construída pelo Metrô foi de R$ 1.258, enquanto o custo desembolsado pela prefeitura paulistana ficou entre R$ 200 e R$ 250, segundo peritos do TCE.

"Não é verdade, não se pode comparar duas coisas diferentes. Você tem uma avenida asfaltada, pinta a faixa e fez uma ciclovia, como é o caso da prefeitura. Diferente é pegar um terreno sem nada, movimentar a terra e fazer a ciclovia, e também o acesso ao trem, porque a ciclovia é ao lado da linha. Não é possível comparar coisas diametralmente opostas", disse o governador. Segundo Alckmin, essa explicação já foi dada pelo seu secretário de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni.

Com 7,7 km de extensão, a ciclovia foi criada no trecho entre a ponte João Dias e a Vila Olímpia, na zona sul da capital paulista para compensar os desvios na ciclovia original, causados pelas obras do monotrilho. A obra, construída a partir de um aditivo ao contrato do Metrô com o Consórcio Monotrilho Integração, custou R$ 9,6 milhões. Os peritos consideraram o valor de R$ 1.258 por metro muito acima da média gasta pela Prefeitura de São Paulo em suas ciclovias desde 2014.

O conselheiro do TCE, Roque Citadini, encaminhou um questionamento ao governo estadual. Ele destacou que o próprio Metrô havia apontado a "simplicidade" da intervenção, "consistente em adaptação de estrada de serviço em terra batida e brita existente, em área desprovida de vegetação, não sendo necessário que se movimente terra expressivamente ou tão pouco edificadas construções", conforme seu despacho. A ciclovia provisória foi feita após manifestações da população da região afetada pelas obras do monotrilho que interditaram a ciclovia original que havia na margem do Rio Pinheiros, sentido Interlagos.


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