Rio - Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) feita com alunos do 9º ano de escolas públicas e privadas mostra que, entre 2012 e 2015, houve pequena alteração na proporção de jovens que já tiveram iniciação sexual, mas uma redução preocupante no uso de preservativos. Em 2015, 27,5% dos alunos do último ano do fundamental disseram já ter tido relação sexual alguma vez. Destes, 66,2% disseram ter usado camisinha na última relação sexual.
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Estudantes dizem mais praticar do que sofrer bullying, mostra pesquisa do IBGEAumenta acesso de jovens a álcool e drogas, revela IBGEA terceira edição da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) confirma a grande diferença entre jovens do sexo feminino e masculino e entre alunos da rede pública e privada, no que se refere a sexo, e mais proximidade em temas como consumo de cigarro, álcool e drogas ilícitas.
A pesquisa foi realizada em todo País entre abril e setembro de 2015, com 102.301 alunos do 9º ano do ensino fundamental, de um universo de 2,630 milhões de estudantes desta série. Entre os entrevistados, 88% tinham de 13 a 15 anos, sendo que 51% tinham 14 anos, idade adequada para este nível de ensino.
Os próprios estudantes preencheram os questionários em um pequeno computador fornecido pelo IBGE. O levantamento foi feito pela primeira vez em 2009, a pedido do Ministério da Saúde, e teve uma segunda edição em 2012.
Entre os alunos do 9º ano, 36% relataram já terem tido relação sexual. Entre as alunas, a proporção cai para 19,5%.
Quase nove em cada dez jovens (87,3%) disseram ter informação na escola sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e Aids e 79,2% recebem informações sobre prevenção da gravidez. A menor proporção (68,4%) foi de jovens que disseram ter sido informados sobre onde podem receber preservativos gratuitamente. Neste item, há diferença grande entre as escolas: 70,3% dos alunos da rede pública disseram ter orientação de como adquirir camisinha, proporção que cai para 57,3% entre os estudantes da rede privada.
Pela primeira vez, a Pense investigou casos de jovens que tiveram relação sexual forçada, violência que atingiu 4%, ou 105,2 mil alunos. Entre os meninos, 3,7% relataram ter sofrido abuso e entre as meninas, 4,3%. Os casos são mais frequentes nas escolas públicas (4,4%) do que particulares (2%). Entre os forçados a ter relações sexuais, 11% disseram que o agressor foi pai, mãe, padrasto ou madrasta e 19% responderam ter sido outros parentes.
Entre os jovens, 14,5% (381,3 mil) disseram ter sido agredidos fisicamente por algum parente nos 30 dias anteriores à pesquisa. Houve pequena diferença entre escolas públicas (14,8%) e privadas (13%)..