Sorocaba, 06 - Um agente foi morto e dois ficaram feridos, na terça-feira, 4, durante uma rebelião na unidade da Fundação Casa de Marília, no interior de São Paulo. Os internos tomaram outros cinco agentes e três membros de uma congregação evangélica como reféns. Segundo a presidência da Fundação Casa, é a primeira morte de um servidor dentro das unidades socioeducativas em 11 anos.
Os adolescentes aproveitaram a realização de um culto para iniciar o motim. Os agentes foram dominados e agredidos violentamente com cabos de vassoura. Um deles foi golpeado na garganta até morrer. O motim se espalhou por toda a unidade e 18 dos 108 internos aproveitaram para fugir.
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Rapaz é condenado a 30 anos por participar de linchamento de dona de casa após boato na webA Polícia Militar cercou o prédio e conseguiu dominar a rebelião apenas na madrugada de quarta-feira, 5. O funcionário morto foi identificado como Francisco Calixto, de 51 anos. Ele trabalhava havia 15 anos na Fundação e fazia aniversário no dia em que foi assassinado.
De acordo com a Polícia Civil, o crime foi brutal: enquanto três internos seguravam Calixto, outros dois enfiaram um cabo de vassoura, quebrado em forma de estaca, em sua garganta.
Os dois feridos foram atendidos na Santa Casa de Marília e já tiveram alta. Até a tarde, oito internos haviam sido recapturados. A Polícia Militar fazia buscas pelos dez foragidos. Os internos que mataram o agente foram identificados e colocados sob a custódia da Polícia Civil.
Um inquérito policial vai apurar o homicídio e as agressões. As causas da rebelião serão investigadas pela Corregedoria.
Lamento
Em nota assinada pela presidente Berenice Gianella, a Fundação lamentou a morte do agente, "provocada de forma brutal por cinco adolescentes que cumprem medida de internação", e informa que presta todo apoio à família.
Familiares de Francisco Calixto lamentaram a morte do agente por meio do perfil no Facebook.
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