Um espetáculo da natureza enfeitará a noite de hoje. A segunda Superlua do ano será a maior e a mais brilhante em quase 70 anos devido a uma série de coincidências astronômicas. O fenômeno em si não é raro. Somente em 2016, serão três consecutivos: em 16 de outubro, 14 de novembro e 14 de dezembro. “Os observadores terão a impressão de que a Lua é gigante”, resume o astrônomo Pascal Descamps, do Observatório de Paris.
A Lua atingirá esse ponto às 21h22 e estará cheia às 23h52, mas o fenômeno poderá ser observado normalmente durante toda a noite. “Se for observada ao nascer, o efeito da Superlua será dobrado devido a um fenômeno conhecido como ilusão lunar”, diz Deschamps. Trata-se de uma ilusão de ótica que acontece porque fica mais fácil comparar o tamanho do satélite com outros objetos, como árvores e prédios. Além de maior, a Lua geralmente apresenta tons amarelos ou alaranjados ao nascer devido à presença de partículas suspensas na atmosfera, como poeira, fumaça e até mesmo as cinzas lançadas por vulcões.
Segundo a Nasa, uma Superlua pode ser até 14% maior e 30% mais luminosa que uma Lua cheia no seu apogeu, quando está distante da sua órbita. “Algumas Superluas são mais super do que outras”, explica Descamps. Desta vez, como o sistema Terra/Lua se aproxima da época do ano em que está mais perto do Sol — em 4 de janeiro —, a Lua vai receber mais luz solar que o habitual, o que também aumentará seu brilho aparente, explicou a Associação Astronômica Irlandesa.