Rio de janeiro, 20 - O secretário de Estado de Segurança, Roberto Sá, defendeu neste domingo, 20, um "novo pacto" para enfrentar a crise de segurança pública que afeta o País. Ele criticou as progressões de regime para presos que cometeram assassinatos. Sá participou do velório coletivo de três dos quatro policiais militares mortos na queda do helicóptero, no Batalhão de Choque, na tarde de ontem. No total, houve 124 PMs mortos ao longo de 2016 no Estado, dos quais 33 estavam em serviço. De acordo com o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança, houve 87 PMs mortos em 2015. Desses, 23 estavam trabalhando.
"Ontem eu começava lamentando as mortes de cinco policiais militares (quatro no helicóptero, um em operação policial no Méier), e hoje eu começo lamentando as mortes dos nossos 124 policiais militares este ano. São 33 em serviço. É inaceitável o tanto de policiais que morre no Brasil", afirmou.
De acordo com Sá, ainda é cedo para se tirar conclusões a partir da informação de que não há marcas de bala no helicóptero nem nos corpos dos policiais mortos. "A perícia na aeronave está sendo feita pela Aeronáutica. Até o momento não se encontrou nenhum tipo de perfuração, mas é muito cedo ainda para qualquer conclusão. A perícia vai levar mais tempo. Não se descarta nada até o presente momento.
Sobre as mortes de pelo menos sete rapazes na Cidade de Deus, em operação policial, o secretário disse que ainda não tem informações sobre as circunstâncias das mortes. As famílias denunciam que os jovens foram executados. "A Divisão de Homicídios não vai deixar sem respostas essas mortes dessas pessoas que foram encontradas na Cidade de Deus. Podem ter certeza, estamos aqui para preservar vidas. Nenhum excesso será tolerado, nenhum excesso vai ficar impune"..