Durante entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, 4, representantes da Segurança Pública do Estado do Amazonas rebateram as alegações do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, de que a Secretaria de Segurança "sabia que poderia ocorrer uma fuga" de detentos, no domingo. A pasta voltou a tratar a morte dos 60 presidiários como inevitáveis. "Foi uma briga entre facções", repetiram várias vezes as autoridades presentes na entrevista.
"Foi desenvolvido um plano de contingência. É claro que o sistema de inteligência sabia da possibilidade de confusão no sistema prisional, mas isso não implica em sucesso ou não de evitarmos ou não as fugas", afirmou o diretor do Centro Integrado de Comando e Controle do Amazonas, coronel Oliveira Filho.
O secretário de Segurança Sérgio Fontes informou que pelo menos nove túneis foram descobertos em 2016, evitando outras fugas em massa, e defendeu que as ações preventivas do comitê local evitaram mais mortes no confronto entre detentos das facções Família do Norte e PCC.
"Contingência não é prevenção. Contingência é depois do fato acontecer. Esse plano evitou que mais ocorrências acontecessem dentro dos presídios. Os presos tinham um plano de fazer 'lombrar' e de fugir.
Dos 184 foragidos, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, apenas 58 foram recapturados. No Instituto Médico Legal (IML), 38 dos 60 mortos entre domingo e segunda-feira já foram identificados, sendo 14 liberados.
Funk
Na tarde desta quarta-feira, um funk supostamente de autoria de membros da Família do Norte circulou pelas redes sociais e ganhou a atenção da mídia local. A música exalta a parceria da facção com o Comando Vermelho e descreve a rivalidade com o PCC..