Desde 2007, o serviço de abastecimento de água e saneamento de esgotos vinha sendo terceirizado, em Itu. Em junho do ano passado, a prefeitura extinguiu o contrato com a empresa Águas de Itu e contratou por decreto emergencial a Eppo Águas, do grupo Eppo. De acordo com Gazzola, com a criação da autarquia, o contrato emergencial será extinto. "No entanto, pretendemos fazer uma transição gradual, com o objetivo de evitar a interrupção do serviço e quaisquer prejuízos à população", disse.
O primeiro desafio da autarquia será completar o novo sistema de captação no Córrego Mombaça, capaz de garantir o suprimento de água pelos próximos anos. De acordo com a prefeitura, apenas a metade dos 22 quilômetros de tubulação está em situação operacional, havendo necessidade de complementar os serviços. Outro problema é o alto custo da captação, já que não existe rede elétrica no local e as bombas são acionadas por geradores.
Durante os 11 meses de racionamento, quando o Estado de São Paulo viveu a maior estiagem em 90 anos, os 168 mil moradores de Itu sentiram na pele a falta de água. Muitas famílias, mesmo armazenando o líquido em tambores, chegaram a ficar uma semana sem água para banho. Moradores faziam fila em bicas e captavam água até em córregos poluídos. A prefeitura requisitou água de açudes particulares e "importou" o líquido de cidades vizinhas. Houve manifestações com enfrentamento à polícia e saques a caminhões-pipa..