Moraes apresenta plano de segurança há mais de 2h e não menciona novo massacre

A Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima informou na manhã desta sexta que 33 pessoas morreram na madrugada na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, fala sobre o Plano Nacional de Segurança - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasília -
O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, está há mais de duas horas apresentando os detalhes do plano nacional de segurança elaborado pelo governo e, até agora, não fez nenhum comentário sobre o novo massacre em Roraima desta sexta-feira, em que 33 presos foram mortos.

Em sua apresentação, ele fez críticas ao sistema prisional do País e classificou o massacre no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, de "barbáries". "Sistema penitenciário não é ruim de agora. Isso não é algo que se melhora de um dia para outro. Não é passe de mágica", disse.

Menos de uma semana após o massacre ocorrido no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, a Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima informou na manhã desta sexta que 33 pessoas morreram na madrugada na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista. Até o fechamento deste texto, o episódio não havia sido comentado pelo ministro.

O sistema prisional de Roraima, que conta com 17 presídios, tem atualmente um déficit de 942 vagas. Incluindo os presos que estão em delegacias, há 2.144 detentos em Roraima, ante 1.202 vagas.

“Tudo que está previsto no plano tem previsão orçamentária, o que percebemos que não haveria orçamento por conta das condições econômicas do país, fica para depois. O plano é extremamente realista", diz o ministro.


“Esta é a primeira vez que um plano é construído com a participação de secretários estaduais, ministérios públicos, sociedade civil organizada, entre outros.

Por isso será mais realista e, diferentemente dos anteriores, não é um plano de intenções, mas operacional, em seus três eixos principais: integração, cooperação e colaboração”, acrescentou Moraes. (Com Agência Brasil)

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