A advogada Maria Laura Canineu, diretora no Brasil da Human Rights Watch, disse que as mortes "não são acidentais". "Resultam de décadas de negligência das autoridades brasileiras. O sistema prisional precisa de uma reforma estrutural profunda e urgente que passa pela ampliação das alternativas à prisão, garantia de assessoria jurídica para os presos e eliminação dos atrasos judiciais injustificados", disse em nota.
Ela disse ainda que é necessário que o Estado garanta a ressocialização por meio de programas educacionais e de trabalho, e cumpra a legislação internacional e nacional sobre a separação dos presos.
E ressalta que os episódios em Roraima e Manaus demonstram a necessidade de o país revisar sua "política retrógrada de drogas". "Que resulta no encarceramento de milhares de pessoas por quantidades pequenas de drogas", concluiu Maria Laura.
A organização de direitos humanos tem trabalhado mais diretamente com as prisões brasileiras desde os assassinatos em série no Complexo de Pedrinhas, no Maranhão, em 2013..