Entre os dias 1° e 2 de janeiro, o Compaj foi palco de uma chacina que deixou ao menos 56 detentos mortos após confrontos entre facções rivais. No episódio, cerca de 180 presos fugiram da unidade. Ainda não há informações se os corpos encontrados hoje têm ligação com os eventos do início da semana.
Também foi confirmada, na manhã deste domingo, a morte de pelo menos quatro pessoas na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, no centro de Manaus. Dos quatro mortos, três foram decapitados e um morreu por asfixia. Segundo o Comitê de Gerenciamento de Crise, o motivo da rebelião ainda é desconhecido. O local estava desativadoa desde outubro de 2016 por falta de estrutura, mas após a rebelião ocorrida no Compaj voltou a funcionar para abrigar parte dos presos que estavam no complexo e sofriam ameaças de outros detentos.
Com isso, o número de mortes decorrentes de rebeliões no Amazonas chega a 67. Desde o início deste mês, o estado tem enfrentado problemas com rebeliões no sistema prisional.
Compaj
De acordo com o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fonte, a chacina no Compaj foi resultado da rivalidade entre duas organizações criminosas que disputam o controle de atividades ilícitas na região amazônica: a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC).