Depois de 14 horas de rebelião na penitenciária de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, a Secretaria de Segurança do estado confirmou o fim do motim. O conflito que começou por volta das 17h deste sábado deixou 10 mortos. A situação foi controlada após a entrada da Tropa de Choque da Polícia Militar nos pavilhões da unidade prisional. O número de vítimas pode mudar após os policiais inspecionarem as celas e outras dependências dos pavilhões amotinados.
A Penitenciária de Alcaçuz é considerada a maior unidade prisional do estado. Ela é formada por cinco pavilhões e tem 5 mil 900 metros quadrados de área construída. O motim começou depois de uma briga entre presos dos pavilhões 4 e 5. O pavilhão 5 é uma unidade separada e que faz parte do Complexo de Alcaçuz.
Segundo fonte ouvida pela reportagem, os pavilhões 1,2,3 e 4 são dominados pelo Sindicato do Crime RN e o 5 encontra-se com presos com algum tipo de ligação o PCC. De acordo com as autoridades, as 10 mortes foram resultado de confronto entre facções rivais
O governador Robinson Faria afirma que já entrou em contato com ministro da Justiça, Alexandre de Moraes e pediu que a Força Nacional reforce a segurança no lado externo do presídio. A Força está no estado desde setembro do ano passado, auxiliando a Polícia Militar em ações de policiamento ostensivo. Nessa segunda-feira (9), o Ministério da Justiça e Cidadania autorizou a prorrogação da permanência da Força Nacional por mais 60 dias.
Informações publicadas no site da Secretaria Estadual da Justiça e da Cidadania mostram que Alacaçuz tem um total de 620 vagas e abriga atualmente uma população prisional 1.083 presos em regime fechado.