As questões de Química e Física cobraram conteúdos clássicos dos vestibulares, mas com uma abordagem contextualizada. "Em Física, por exemplo, a prova cobrou assuntos fundamentais do ensino médio, sem exigir conhecimento específico ou encontrado em notas de rodapé. Muitas questões abordaram novas tecnologias e a mais difícil foi a que abordou física moderna e eletrostática", disse Daniel Perry, coordenador do Anglo.
Para Marcelo Dias, coordenador do Etapa, a prova de Química trouxe temas cotidianos, como lixo e meio ambiente. "As questões traziam um contexto para cobrar conceitos do aluno. Esse é um tipo de prova mais moderna e que a Unicamp vem consolidando de forma muito bem feita", disse.
Para os professores, Química foi ainda mais complexa por não abordar em nenhuma das questões os conceitos de química orgânica - tema muito abordado no ensino médio e sempre cobrados nos vestibulares tradicionais. "O aluno, como sabe que esse é um tema recorrente, costuma estudar bastante. Ao não cobrar, a Unicamp dá um grau de dificuldade maior para quem não tem muita facilidade com a disciplina", disse Saray Azenha, diretora pedagogica da Oficina do Estudante.
Em Biologia, a prova trouxe questões que abordaram a tragédia de Mariana (MG), doenças e botânica.