Cidades com mais de 2 mil casas terão de fazer busca por 'Aedes'

A medida estabelece punição para cidades que desrespeitarem a nova obrigação. Até agora, o levantamento era feito de forma voluntária

Todas as cidades com mais de 2 mil imóveis serão obrigadas, a partir de agora, a fazer o Levantamento Rápido do Índice de Infestação para Aedes aegypti (LIRAa).
O mosquito é transmissor de dengue, zika e chikungunya e foi responsável no passado por infecções de febre amarela em áreas urbanas. A decisão é tomada justamente quando há um surto rural da doença.

A medida, publicada ontem no Diário Oficial da União, estabelece punição para cidades que desrespeitarem a nova obrigação. Elas deixam de receber a segunda parcela de um incentivo, usado exclusivamente para as ações de combate ao mosquito. Até agora, o LIRAa era feito de forma voluntária. No último levantamento, feito no segundo semestre do ano passado, 2.284 municípios participaram, o que representa 62% das cidades com mais de 2 mil imóveis.

Febre amarela

Subiu para 101 o número de casos confirmados de febre amarela no País. Do total de pacientes com a doença, 43 morreram. Há ainda outras 62 mortes suspeitas de terem sido provocadas pela infecção, mas que ainda estão sendo investigadas.
Os casos confirmados e suspeitos estão distribuídos em seis Estados: Minas, Espírito Santo, Bahia, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. O Distrito Federal ainda notificou o Ministério da Saúde sobre a existência de seis pacientes suspeitos, mas todos os casos foram descartados. A maior parte dos casos está concentrada em Minas. 

Estado

confirmou até o momento a infecção em 97 pacientes, dos quais 40 morreram. A estimativa da Secretaria de Saúde é de que, nas regiões atingidas, 1,4 milhão de pessoas não tenham recebido a vacinação contra a doença até o fim do ano passado. Números parciais indicam que, desde janeiro, foram aplicadas 948.505 doses na área.

O Ministério da Saúde afirma não haver suspeitas de casos de transmissão urbana da febre amarela, transmitida pelo Aedes aegypti. O surto atual - o maior desde 1980, quando começou a contagem - seria de transmissão silvestre. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo..