"Eles estão estudando. A multa provavelmente será de R$ 5 mil no primeiro ato, ou seja, alguém que for pichar qualquer bem da cidade e for pego pichando, vai ser indiciado criminalmente por crime ambiental e terá de pagar a multa", disse Doria. "Se não pagar, sofrerá processo judicial. Se for reincidente, R$ 10 mil. E se pichar um monumento público da cidade, seja municipal ou estadual, o valor correspondente ao dano causado, não sei se exatamente R$ 50 mil, ou R$ 60 (mil), ou R$ 10 (mil) ou R$ 20 mil, mas aquele que for necessário para resgatar a cidade", afirmou.
O presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), aliado do prefeito Doria, por sua vez, avaliou ser "impossível" votar o projeto da Lei Cidade Linda até a semana que vem. Ele corrigiu o prefeito e afirmou que, na verdade, o que está sendo discutido é a cobrança de R$ 50 mil de multa para quem danificar bens público e ainda fazer a cobrança do valor da restauração do que for danificado.
Doria se reuniu por cerca de uma hora com as lideranças parlamentes - embora todas as bancadas tenham sido convidadas para o encontro, a bancada do PT se recusou a comparecer e enviou carta pedindo retratação ao prefeito por ter chamado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de "o maior cara de pau do Brasil".
O vereador Eduardo Suplicy (PT) levou para o plenário o grafiteiro Mauro Neri, que faz grafites com a inscrição "Ver a cidade" e que foi preso na semana passada enquanto tentava retirar a tinta passada pela Prefeitura em sua obra, na Avenida 23 de Maio. Suplicy também cobrou desculpas do prefeito pela fala ao ex-presidente.
Doria primeiro agradeceu Suplicy, "vereador a quem tenho a maior estima", e também Neri, "a quem tenho respeito".
Sobre Lula, Doria disse: "Em relação ao outro tema, prefiro não me manifestar em respeito ao estado de saúde de dona Marisa e à família Lula da Silva, que vive neste momento um drama pessoal. Prefiro não me manifestar.".