O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) em Fernando de Noronha estipulou a multa que o casal de turistas da Paraíba vai pagar depois de ser autuado pelo crime ambiental de molestar um animal dentro de área de preservação. O instituto entendeu que tanto a mulher de 35 anos que foi mordida por um fihote de tubarão depois de tirar o animal do mar para conseguir tirar uma "selfie" quanto o marido, que fazia imagens do ato, serão responsabilizados.
O ICMBio arbitrou uma multa de R$ 5 mil para cada um por terem molestado o animal da espécie limão, ameaçada de extinção. Como o crime ambiental aconteceu na Praia do Sueste, uma unidade de conservação localizada no Parque Nacional Marinho, o valor é dobrado, chegando a um total de R$ 20 mil para o casal.
Os turistas compareceram esta manhã à sede do instituto. Eles poderão recorrer da decisão na Justiça, vão receber uma orientação do instituto, mas não serão presos ou expulsos do arquipélago.
O caso aconteceu na tarde desta segunda-feira na Praia do Sueste, localizada dentro da área de preservação do Parque Nacional Marinho. Para se defender, o animal mordeu o dedo da turista, que foi socorrida ao Hospital São Lucas, onde levou quatro pontos.
Um vídeo feito por outro turista que estava na praia e divulgado nas redes sociais mostra os momentos de tensão quando a paraibana tentava se desvencilhar do peixe. Pelas redes sociais, a turista foi alvo de fortes críticas.
Gerido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Parque Nacional Marinho é formado por dois terços do território da ilha principal de Fernando de Noronha. Sua extensão total é de 112,7 quilômetros quadrados e o perímetro é de 60 km. Entre as normas do espaço está a proibição de abater, capturar, perseguir e alimentar animais.