Moradores continuaram a compartilhar nas redes sociais imagens de assaltos à luz do dia. À noite, os terminais de ônibus fecharam. Só na segunda-feira, 6, 200 carros foram roubados no Estado, ante a média diária de 20. E a situação pode piorar: a Polícia Civil decide na quinta-feira se adere à greve. E o Sindicato dos Rodoviários anunciou que os ônibus não circularão hoje. Segundo Edson Barros, presidente do sindicato, um motorista foi obrigado, na mira de revólver, a usar o ônibus para invadir uma loja.
O reforço da Força Nacional e dos militares do Exército e da Marinha só foi sentido no fim do dia.
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circulou pelo Centro e não viu policiamento. Nesta terça-feira, apenas 500 policiais militares foram às ruas em todo o Estado. Em circunstâncias normais, o efetivo seria pelo menos quatro vezes maior apenas na Grande Vitória.
A reportagem circulou por quatro bairros de Vitória (Praia de Camburi, Praia do Canto, Jardim da Penha e Maruípe) durante a noite e constatou que praticamente não havia movimento de pessoas nem veículos. Nenhum agente nem viatura foi visto pelo
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, mas caminhões do Exército ainda circulavam nas imediações do Quartel Central da PM.
Segundo o secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, André Garcia, "a situação está se normalizando" e deve regularizar-se hoje. O novo comandante-geral da Polícia Militar, coronel Nylton Rodrigues, determinou que todos os agentes se apresentem diretamente no local onde farão o policiamento. A alternativa, contudo, não resolve totalmente o problema, já que os PMs terão de fazer o patrulhamento a pé.
O Ministério Público Estadual constituiu nesta terça-feira um comitê de gestão de crise para garantir o cumprimento voluntário da decisão judicial sobre a greve. A Justiça capixaba já considerou a paralisação ilegal.
Protestos.
Ainda nesta terça-feira, um grupo de pessoas reclamou da paralisação na frente do Quartel Central. A maioria se disse sensível à causa dos PMs, mas todos relataram que o caos na segurança pública, que se instalou desde sábado, afetou o trabalho e, consequentemente, as finanças da casa.
"Desde sábado não vejo uma única moeda", contou o serralheiro autônomo Ronaldo Baldan Ferreira, de 46 anos. "Faz três dias que não trabalho. Tenho medo de sair para a rua e não voltar. Como vou ter certeza de que não vai aparecer um bandido?" Ele proibiu a família de ir para a rua. "Eles (PMs) estão no direito de protestar. Só não pode acontecer isso que está acontecendo aqui." As informações são do jornal
O Estado de S.