Imbassahy esteve em Vitória junto com uma comitiva de ministros e outras autoridades para tratar do motim dos policiais militares no Estado, que chegou neste sábado ao oitavo dia.
De acordo com Antonio Imbassahy, quem acredita em uma eventual anistia está sendo "iludido".
"Aqueles que por ventura imaginam que terão qualquer tipo de iniciativa na linha de anistia no Congresso Nacional, de obter uma anistia para os amotinados, eu quero deixar claro de que não haverá a menor possibilidade de apoio da base política do presidente Michel Temer", afirmou o ministro da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política do Planalto com o Congresso Nacional.
"Existem movimentações iludindo pessoas que estão em greve como se fosse assim, de acontecer uma greve e não haver nenhum tipo de penalização", disse Imbassahy. "É muito importante deixar esclarecido: nós temos que manter a ordem e cumprir a lei. A lei deverá ser cumprida. A Constituição brasileira será sempre observada e cumprida."
'Armadilha'
O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que a normalidade foi restabelecida em Vitória e que, agora, "isso está sendo estendido à região metropolitana e interior".
Jungmann fez um apelo às esposas dos policiais militares do Espírito Santo, que lideraram o motim que resultou em violência e mais de 130 mortes no Estado desde sábado passado, e pediu aos PMs que retornem ao trabalho.
Ele concedeu entrevista ao lado do ministro da Antonio Imbassahy, do interino do Ministério da Justiça, José Levi do Amaral e do Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Westphalen Etchegoyen.
"É preciso lembrar a essas esposas e mães que existem vidas em risco. Peço a elas que não levem seus companheiros para uma armadilha. O caminho é o da negociação. O outro é um beco sem saída", disse, em entrevista coletiva nesta tarde.
O ministro afirmou que o governo está trabalhando para dar condições aos policiais "que queiram trabalhar e honrar suas fardas".