O encontro no Quartel General (QG) da corporação, no Centro do Rio, levou em torno de três horas. O Ministério Público Estadual acompanhou a reunião. Em nota, a PM informou que o coronel Wolney se apresentou como o interlocutor formal com o governo do Estado. Ele se comprometeu a estudar a viabilidade das reivindicações que competem à Polícia Militar, tais como escalas, melhores condições de trabalho e atendimento médico. Uma nova reunião será agendada, desta vez, com a presença de um representante do governo, a quem cabe decidir sobre o pagamento dos atrasados.
"Não teve acordo. O coronel falou que só vão pagar aos policiais se o governo vender a Cedae (estatal de água e esgoto), se não, não tem dinheiro.
A venda da Cedae é uma das condições exigidas pelo governo federal para realizar novos empréstimos ao Rio de Janeiro, levando adiante o acordo para solucionar a crise financeira do Estado. A discussão da privatização da estatal de águas e esgoto deverá ser votada na próxima terça-feira (14) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
No segundo dia de manifestações no Estado, grupos de familiares de policiais se concentraram na frente de 29 unidades da corporação. De acordo com a PM, 97% do efetivo está atuando nas ruas e o patrulhamento está sendo realizado normalmente. Para isso, as rendições, quando necessárias, estão sendo realizadas fora das unidades. Até mesmo helicópteros do Batalhão de Choque estão sendo utilizados para transportar os policiais..