Dados publicados nesta sexta-feira, 17, apontam que, na segunda semana de 2017, um total de novos 80 casos foram confirmados no Brasil em relação aos sintomas. A taxa caiu para 50 na semana seguinte, 20 na quarta semana do ano e menos de cinco na atual semana examinada.
"Seguindo a distribuição de casos por semanas epidemiológica e por Estados, uma tendência decrescente é observada", apontou o documento da OMS feito em colaboração com a Organização Pan-Americana de Saúde. Cautelosa, as entidades apontam que "será necessário continuar a monitorar a situação para determinar se essa tendência vai persistir nas próximas semanas".
De acordo com a OMS, entre 1º de dezembro de 2016 e 15 de fevereiro de 2017, um total de 1.236 casos foram registrados de febre amarela no Brasil. 243 foram confirmados, 108 descartados e 885 ainda estão sob exame. 197 mortes foram contabilizadas, com uma taxa de fatalidade de 34% para os casos confirmados. Apesar de a febre amarela ser endêmica no Brasil, o número de casos no atual surto é superior às décadas precedentes.
Mas, no que se refere aos casos suspeitos, o número de registros continua a aumentar e por isso a cautela da OMS.
Expansão
Além do Brasil, a OMS aponta que Colômbia, Peru e Bolívia registraram casos suspeitos e que o risco de proliferação continua, conforme o jornal "O Estado de São Paulo" revelou há duas semanas. No caso boliviano, os exames confirmam pelo menos um caso de um turista na região de Caranavi. "Durante o período de infecção, o caso viajou para fora da Bolívia", alerta, lembrando que a febre amarela é endêmica no país andino mas que, desde 2013, apenas casos esporádicos têm sido registrados.
Outro risco que continua é o da transmissão por animais, principalmente no Paraguai, Bolívia, Argentina e Uruguai.
Em uma outra recomendação, a OMS também alertou que as amostras biológicas devem ser consideradas como "potencialmente infecciosas". Segundo a entidade, "todos os funcionários de laboratórios devem estar vacinados e usar equipamentos de proteção"..