As acusações foram desmembradas em duas ações penais, uma envolvendo os participantes diretos do assalto, a outra, os cúmplices que forneceram informações, armas e veículos. A Justiça decretou sigilo nos processos.
Pânico
O assalto aconteceu na madrugada de 5 de julho, quando um bando fortemente armado bloqueou com veículos as ruas de acesso à empresa, no bairro Campos Elíseos, e explodiu um transformador para deixar a região às escuras.
Em seguida, o grupo atacou com tiros e explosivos a Prosegur, conseguindo roubar R$ 51,2 milhões. Na fuga, houve intenso tiroteio com a polícia. Durante 40 minutos, mais de 1 mil tiros foram disparados.
Um morador de rua de 38 anos foi tomado como escudo e morreu queimado após ser lançado contra um carro em chamas. Já na Rodovia Anhanguera, um policial militar foi morto com um tiro na cabeça. Ao todo, 15 veículos foram usados no ataque. A polícia encontrou três carros queimados e outros sete abandonados em um canavial.
Na época, dois suspeitos foram presos em Caldas Novas, em Goiás, com R$ 160 mil, e dois em Ribeirão Preto, um deles com R$ 34 mil e armas.
Pena
O Ministério Público pediu a condenação dos quatro envolvidos diretamente nos crimes por latrocínio, incêndios com morte, explosões, disparos em vias públicas, roubo, posse de armas e munições militares, posse de explosivos e organização, cujas penas, somadas, passam de 100 anos.
Já para os cúmplices, entre eles vigilantes de outra empresa de transporte de valores que passaram informações sobre a rotina na Prosegur, o MP pediu que sejam considerados coautores das mortes, além dos crimes de receptação e organização criminosa..