A administração propôs a confecção de uma escultura completamente cinza, que posteriormente ganharia cores, a partir da intervenção de grafiteiros. Em substituição a Sávio, a prefeitura contratou o jornalista e apresentador de TV Flávio Barra, que coordena um projeto na área de grafite há alguns anos na capital pernambucana.
A decisão foi criticada por profissionais e entidades que atuam com o grafite na região metropolitana do Recife, que reclamam da falta de diálogo por parte da prefeitura e afirmam que Barra não tem representatividade para a cena local. Em nota, o coletivo de grafite recifense 33 Crew, um dos mais antigos da cidade, fez críticas ao Executivo municipal. "A escolha da prefeitura, obviamente, pode ser bem recebida pela maior parte do público folião, que, infelizmente, desconhece uma cena composta por grafiteiros de todas as regiões de Pernambuco, que resistem em meio à falta de incentivo e valorização", diz.
Em meio à polêmica os recifenses se dividem. "Gostei da ideia de usar o grafite e acho que esse artista plástico não aceitou porque é orgulhoso", comentou o bancário Lauro Tadeu, de 32 anos. Já a aposentada Hilda Farias, de 66, desaprovou a ideia do galo grafitado. "Não acho que essa ideia de sair grafitando o coitado vai dar certo.
O Estado de S. Paulo..