São Paulo, 25 - A Tom Maior, primeira escola de samba a entrar na avenida na noite de ontem no Anhembi, passou por um sufoco na entrada do primeiro carro alegórico. No Carnaval deste ano, a Tom Maior homenageou a cantora Elba Ramalho. Com o rosto do Padre Cícero, o veículo não fez a manobra correta para sair da concentração e precisou dar ré quatro vezes, o que atrasou a escola. Na tentativa de resolver o problema, o carro ultrapassou a linha amarela, que limita o espaço do desfile.
A dificuldade mobilizou pelo menos 20 membros da escola. O público vibrou quando o problema foi resolvido, quase dez minutos depois. O tempo mínimo do desfile de cada escola é 55 minutos e o máximo, 65 minutos. A Tom Maior desfila com fantasias que fazem referências à religiosidade e às festas regionais, como o Maracatu. Nas roupas, predominam as cores da escola: amarelo, branco e vermelho.
Ontem, o sambódromo paulistano trouxe de polêmicas novas a um desfile com autorização religiosa. Primeira a desfilar, a Tom Maior homenageou Elba Ramalho, seguida pela Mocidade, que aproveitou para festejar seu jubileu de ouro. Na sequência, com aval da Igreja, a Unidos de Vila Maria falou de Nossa Senhora Aparecida. O Zimbábue, na África, foi o tema da Acadêmicos do Tatuapé. Sexta e penúltima a desfilar, a Tucuruvi falou de um tema que virou polêmica paulistana só após a escolha do enredo: o grafite. Os pets de Luisa Mell, tema da Águia de Ouro, encerram o primeiro dia de desfiles.