Depois de brincar o carnaval em Sorocaba e Itu, os estudantes - e namorados - Gabriel Motta, de 18 anos, e Gabrielle Portásio, de 16, embarcaram no sábado, 25, em um ônibus com destino a São Paulo. "Vamos esticar o carnaval lá, porque a programação dos blocos paulistanos este ano está demais", disse o jovem. Ele mora em Sorocaba e a garota, na capital. "Tinha poucas opções lá. Então a gente decidiu ir a Itu, onde havia mais blocos de rua."
Mais e mais. O casal de namorados fica até domingo em São Paulo. "Tem muitas opções e o carnaval paulistano está bombando este ano", disse a garota.
Já a cozinheira Maria das Dores Nunes Barbosa, de 48 anos, moradora de São Bernardo do Campo, passou o carnaval no interior, mas de olho nos blocos que vão sair no sábado, 4, e domingo, 5, em São Paulo. "Volto ao trabalho amanhã
(quarta-feira, 1º)
, mas folgo no fim de semana e vou atrás dos blocos. Ninguém me segura", disse.
Terminou, mas não acabou. E dar opções fora do período momesco já virou até tradição. O bloco Chega Mais desfila há quatro anos, sempre no domingo após o carnaval, de acordo com uma das organizadoras, Camila Rondon, de 37 anos. "O bloco fica animadíssimo, talvez porque seja uma despedida. As pessoas já estão com aquele gosto de saudade."
O ator Almir Rosa, de 40 anos, um dos organizadores do bloco Unidos do Grande Mel, que também desfilará no domingo, 5, afirma que a data foi escolhida por questões logísticas. "Somos um coletivo e todos trabalham em outros blocos e tocam em festas durante o carnaval", disse.
"O público realmente abraçou a ideia - no ano passado tivemos 30 mil pessoas", afirma o empresário Jefferson Rocha, de 32 anos, do bloco Vou de Táxi. Já o Meu Santo É Pop, em seu terceiro ano, pretende reunir 30 mil pessoas na Rua Augusta, segundo uma das organizadoras, a designer Marília Castelli, de 27 anos. "O bloco é assumidamente gay e homenageamos as divas da música pop." As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..