No dia 14 de dezembro, um empresário do ramo de transportes foi rendido na porta da empresa e levado num automóvel de luxo num cativeiro, em meio à mata, em Boituva. Os criminosos desferiram coronhadas para obrigar o homem a entrar no carro e, durante o cativeiro, foram extremamente violentos.
Os bandidos pediram à família R$ 200 mil de resgate, mas durante as negociações, que duraram dez horas, eles concordaram em receber R$ 98 mil - tudo o que os familiares tinham conseguido levantar. O dinheiro foi deixado numa estrada rural, próxima do cativeiro, e a vítima foi libertada.
Três semanas depois, os bandidos entraram em contato com a família e pediram mais dinheiro, alegando que o valor do resgate não havia sido pago integralmente. Eles mostraram conhecer a rotina do empresário e ameaçaram sequestrá-lo novamente. Atemorizado, o homem pagou R$ 26 mil, mas uma semana depois recebeu novas ameaças, com pedido de R$ 48 mil.
A polícia foi avisada e conseguiu prender um dos criminosos. Outro integrante da quadrilha foi reconhecido em gravação de uma câmera de vídeo instalada numa padaria, em Boituva.
Outros dois sequestros com as mesmas características tinham acontecido em 2016, mas inicialmente as vítimas não fizeram contato com a polícia, só acionada depois que as extorsões continuaram. Os dois empresários reconheceram os suspeitos. Um deles havia fugido para a Bahia quando o primeiro criminoso foi preso. Após ser localizado pela polícia, ele saltou do ônibus pela janela e conseguiu escapar.
O delegado Mário Ayres, da Delegacia Seccional de Sorocaba, acredita que, com a divulgação das prisões, outras vítimas irão procurar a polícia. A mesma quadrilha também praticou assaltos com reféns na região, um deles, numa fazenda de Cesário Lange..