São Paulo, 06 - O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse nesta segunda-feira, 6, que, "muito provavelmente, a Prefeitura não fará mais carnaval de rua na Vila Madalena", bairro da zona oeste da cidade, no ano que vem. "Não há condições para isso. A Vila Madalena fica muito machucada, muito afetada (com a passagem dos blocos). Ali é um bairro eminentemente residencial, apesar de ter bares, restaurantes e café", afirmou o tucano em entrevista à
Rádio Jovem Pan
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Segundo Doria, o possível veto da Prefeitura ao bairro não quer dizer que sua gestão não pretenda incentivar mais o carnaval de rua na cidade. "Pelo contrário, o carnaval de rua será incentivado. O que vai existir é mais disciplina e aviso, comunicação às pessoas."
O prefeito afirmou que as mudanças visam a permitir que quem quiser descansar, descanse, e também que as pessoas tenham acesso às suas casas.
Problemas
Neste ano, o movimento no bairro foi menor, mas ainda assim houve problemas, principalmente na dispersão dos blocos. A Prefeitura teve de apelar a gradis para impedir que foliões ocupassem ruas mais residenciais, já que o palco montado no Largo da Batata para atrair o público dos bloquinhos não impediu com que a Vila Madalena tivesse barulho, bebida e festa até depois do horário marcado.
Na segunda de carnaval, 27, houve um pequeno tumulto no cruzamento da Rua Fradique Coutinho com a Inácio Pereira da Rocha, e a Polícia Militar usou spray de pimenta para dispersar as pessoas. Um dia antes, a reportagem constatou que, após a passagem dos blocos, foliões providenciavam sua própria festa com instrumentos musicais como atabaque, tamborim e pandeiro.
Na comparação com carnavais anteriores, porém, a situação foi mais controlada no bairro. Há dois anos, a Polícia Militar chegou a fazer cordões de isolamento para expulsar as pessoas e houve confronto entre moradores e foliões. Desta vez, a tática de usar jatos d'água para afastar as pessoas deu certo e sem registro de grandes conflitos.