Durante oito meses, a 2ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato (DIG), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) seguiu os passos dos supostos estelionatários, suspeitos de aliciar funcionários de instituições financeiras para acessar informações completas sobre correntistas. Dessa forma, segundo relatou a polícia, a quadrilha conseguia dados cadastrais com nome, endereço, telefones, identificação de documentos e das contas, além da assinatura.
"Os golpistas contavam com um especialista que conseguia reproduzir os cheques assinados. O documento era tão bem elaborado que a própria vítima não acreditava não ser dela a assinatura”, informou por nota a polícia. Os golpes eram aplicados contando também com o "sequestro" da linha telefônica para concretização do saque.
"Eles conseguiam clonar o número do correntista. Assim quando os funcionários dos bancos ligavam para confirmar a transação eram autorizados pelos próprios suspeitos", acrescenta a nota.
Os mandados foram cumpridos por cerca de 70 policiais na capital e nos municípios de Nova Odessa, Piracicaba e Sumaré. De acordo com o delegado Newton Fugita, da 2ª DIG, os suspeitos chegavam a ligar para as vítimas como funcionários de operadoras de telefonia. "Pediam para manter o telefone desligado por 46 minutos alegando uma manutenção no sistema.
O dinheiro era transformado em bens de consumo, principalmente veículos de alto padrão. Os integrantes da quadrilha responderão por estelionato e associação criminosa..