São Paulo, 08 - O Vaticano anunciou nesta quarta-feira, 8, a nomeação de d. Manoel Delson Pedreira da Cruz, de 62 anos, até agora bispo da Diocese de Campina Grande, para arcebispo da Paraíba, arquidiocese que estava vacante desde 6 de julho de 2016, quando o papa aceitou a renúncia de d. Aldo Di Cillo Pagotto, de 67 anos, que vinha sendo acusado, havia três anos, de acobertar casos de pedofilia. D. Aldo, processado na Justiça por abuso sexual, retirou-se para um convento, em Fortaleza.
A renúncia foi aceita em conformidade ao cânone 401, do Código de Direito Canônico, pelo qual "o bispo diocesano que, por doença ou outra causa se tiver tornado menos capacitado para cumprir seu ofício, é vivamente solicitado a apresentar renúncia do ofício". O papa nomeou então d. Genival Saraiva de França, bispo emérito de Palmares (PE), administrador apostólico da Paraíba.
D. Manoel, o novo arcebispo, nasceu em 10 de julho de 1954 em Biritinga, na Bahia. Religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, foi ordenado sacerdote em julho de 1980 e nomeado bispo de Caicó (RN) em julho de 2006. Em agosto de 2012, foi transferido para Campina Grande. Com a promoção anunciada nesta quarta, ele vai dirigir um dos postos mais importantes da Igreja no Nordeste: por João Pessoa, sede da Arquidiocese da Paraíba, passaram d. José Maria Pires, de 98 anos, e d. Marcelo Pinto Carvalheira, de 88 anos, ambos de posições avançadas nas áreas social e pastoral.
O papa Francisco nomeou também o padre Vicente de Paula Ferreira, de 46 anos, bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte. Natural de Araraí, no Espírito Santo, estudou Filosofia na Universidade Federal de Juiz de Fora e Teologia na Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia de Belo Horizonte. Missionário redentorista, foi superior provincial da Província do Rio de Janeiro-Minas Gerais-Espírito Santo de sua congregação por três mandatos consecutivos. Atualmente, é formador dos estudantes redentoristas de Teologia, em Belo Horizonte.