A Loga, contratada da Prefeitura desde 2012, não se posicionou sobre o assunto.
No texto, a associação diz que representantes da Loga foram convidados a participarem de encontros por causa da natureza do trabalho dela - a coleta de lixo. "É importante ressaltar que essas ações nunca tiveram como objetivo ou estavam a serviço da promoção ou discussão da instalação do transbordo da Loga na região".
A briga entre representantes comunitários e a Loga vem desde 2013, quando a notícia da instalação de um "lixão" chegou no bairro. Em 2015, durante as discussões sobre as mudanças na Lei de Uso e Ocupação do Solo, a vizinhança chegou a conseguir alterar, em primeira votação, o zoneamento do lote da Loga, mas na segunda votação o local continuou sendo zona industrial, o que permite a instalação da estação.
"A Loga trata da questão do lixo apenas como uma questão logística. Levar o lixo para a estação, depois para o aterro.
Entre os principais problemas esperados com a abertura da estação está o aumento do tráfego de caminhões. "Eles dizem que, com essa estação, vão tirar 150 caminhões da Marginal do Tietê. O que é isso? Só na Ceagesp, passam 14 mil por dia. 150 não é nada para o trânsito da cidade, mas vai ser muito na minha rua", disse a líder comunitária Rose Dias, de 55 anos.
Reunião
Com a mudança de gestão da Prefeitura, empresas e moradores tentaram ontem uma aproximação com o novo governo para tentar barrar o empreendimento da Loga.
Receberam do presidente da Autoridade Municipal de Limpez Urbana (Amlurb), Edson Tomaz, o compromisso de que as informações repassadas pela Loga sobre os canais de diálogo com a comunidade seriam alvo de uma apuração.
Ao Estado, entretanto, a Amlurb não comentou as acusações. Disse que "em atendimento ao marco contratual e à necessidade para o gerenciamento de resíduos no agrupamento noroeste, está prevista a entrega da segunda estação de transbordo pela Loga na região".
A Prefeitura informou ainda que as estações de transbordo são fundamentais para a cidade, pois retiram caminhões de circulação, e que essa estação deve beneficiar 27 distritos. No texto, a Amlurb diz que a estação será em um galpão fechado, com dispositivos para impedir contaminação do ar e do solo e com isolamento acústico. "Em atendimento ao marco contratual e à necessidade para o gerenciamento de resíduos no agrupamento noroeste, está prevista a entrega da segunda estação de transbordo pela Loga na região."
A Loga foi procurada, mas não comentou as acusações. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..