Os dois falaram sobre o assunto num bate-papo com jornalistas durante a coletiva de imprensa de lançamento da série, realizada na cidade onde se passa a história, São Paulo.
"Cada um tem sua opinião, eu acho que se a Globo não falasse nada, toda a imprensa iria cobrar", declarou. "(A Globo) se manifestou no tempo certo, o Zé se manifestou. Eu acho que é um episódio triste e que tem que ser superado."
Já Monica Iozzi, que faz parte do grupo de funcionárias da emissora que saiu em defesa da figurinista, lançando a campanha "Mexeu com Uma, Mexeu com Todas", foi mais incisiva. "Não é o nosso papel crucificar ninguém, mas é preciso falar sobre esse tipo de coisa", comentou.
"A gente tem que aproveitar esse lugar de visibilidade que a nossa profissão dá para falar sobre temas que precisam ser debatidos", opinou a atriz. "O assédio moral e sexual é um deles. A gente trabalha numa empresa que nos dá liberdade para isso."
"Não é somente sobre este caso específico do Zé e da Su, é sobre uma coisa que acontece todos os dias em casa, nas ruas, nos ônibus, nas empresas", diz Monica.
Iozzi afirma nunca ter sofrido assédio na TV, nem mesmo quando trabalhava no programa CQC, da Band, em Brasília. "Existia um ambiente de machismo naquele lugar de política em que eu trabalhava, mas nunca chegou a ser assédio", garante.
O caso
Acusado de assédio pela figurinista da Globo Susllem Meneguzzi, através de uma publicação no blog #AgoraÉQueSãoElas, do jornal Folha de S.Paulo, o ator José Mayer foi suspenso esta semana pela Globo por tempo indeterminado de suas produções. "A emissora enfatiza que repudia toda e qualquer forma de desrespeito, violência ou preconceito", afirmou a Globo por meio de uma nota enviada à reportagem.
Em uma carta aberta, divulgada por sua assessoria, José Mayer assumiu o erro e pediu desculpas. "Errei no que fiz, no que falei e no que pensava. A atitude correta é pedir desculpas. Mas isso só não basta. É preciso um reconhecimento público que faço agora", dizia a nota..