A ave nasceu como o "patinho feio" numa ninhada de seis filhotes, pois tinha uma das pernas atrofiada e seria sacrificada. A administradora Persia Cristina Maldonado, moradora de Amparo, no interior paulista, decidiu adotar o pato. Por causa do defeito, ele comia muito - alimento e água tinham de ser levadas ao alcance do bico - e se movimentava pouco, ganhando o apelido de Batata.
Persia conta que procurou ajuda em clínicas veterinárias, sem sucesso, até encontrar na internet notícias sobre o trabalho de Nolé. Em 2015, ele havia construído uma perna mecânica para um flamingo do zoológico de Sorocaba.
Requisitado.
Especialista em próteses humanas que devolvem a mobilidade a amputados em acidentes e guerras, como vítimas de minas em países africanos em conflito, Nolé também é requisitado para serviços especiais. Em março, produziu uma prótese para o índio Marinaldo Ashaninka, de uma tribo amazônica descendente dos incas, que perdeu a perna após ser picado por cobra.
Procurado por donos, o empresário passou a atender animais, na maior parte dos casos, gratuitamente. Além do flamingo, fez prótese para um bovino.
Primeiro, amputou o que restava do membro atrofiado e, para isso, contou com ajuda de um veterinário. Após desenvolver a prótese em fibra de carbono, Nolé verificou que o pato escorregava muito e trabalhou o material para ficar mais aderente ao piso. Nos últimos testes, a ave conseguiu caminhar em direção ao alimento.
Na casa de Persia, o pato vive em harmonia com o cão e o gato da família. A ave faz sucesso quando desfila como passageira no carro da dona. Agora, poderá se deslocar até a comida e o bebedouro e, com um pouco de treino, fazer o que mais gosta: nadar e mergulhar. As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo..