À moda dos antigos cangaceiros, os bandidos entraram na cidade em comboio, em sete carros e duas motos, fazendo disparos para o alto e contra prédios públicos para intimidar os moradores.
Em ações simultâneas, parte do bando explodiu a agência do Santander, na Rua Santo Antonio, enquanto outro grupo fez voar pelos ares os caixas de atendimento automático do Banco do Brasil, na Rua 5 de Novembro, na região central - a agência já havia sido explodida em abril de 2016. Na sequência, os criminosos atacaram a agência do Bradesco, na Rua Coronel Moraes Cunha.
Sem conseguir abrir o cofre central, os bandidos fizeram disparos contra os caixas eletrônicos. Durante a ação, uma parte do grupo rendeu um frentista de um posto de combustível na Rua Doutor Lúcio Antunes de Souza, saqueou o caixa e obrigou o funcionário a abastecer um veículo usado na fuga.
Os tiros disparados pelos criminosos destruíram a porta de vidro de uma loja de calçados, em frente ao Bradesco, e atingiram as parede de outra loja e do salão paroquial da Igreja Católica.
Durante a fuga, no portal de entrada da cidade, parte dos bandidos cruzou com uma viatura da Polícia Militar e houve troca de tiros. A viatura foi atingida por disparo de fuzil, e os criminosos conseguiram fugir. A Força Tática da Polícia Militar e o policiamento rodoviário fizeram um cerco em acessos à região.
Nenhum suspeito tinha sido preso até o início da tarde desta segunda-feira. Também não se tinha informações sobre o montante levado pelos criminosos.
'Exportação' para o Rio
Uma investigação do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro revelou que os criminosos envolvidos em ataques a caixas eletrônicos no Estado foram treinados por integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Foram seis explosões em uma semana no Rio, as mais recentes na madrugada de sexta-feira, 21.