A mãe de Breno, Rhuana Lopes Rodrigues, de 28 anos, prestou queixa na 16ª DP (Barra da Tijuca), que abriu um inquérito policial para apurar as circunstâncias em que o bebê morreu após não ter sido socorrido. Ela expressou revolta com a atitude da médica. "O porteiro avisou que tinha chegado. Depois, ele ligou e disse que a doutora tinha ido embora. O porteiro disse que ela estava muito nervosa, gritando. Aí ela rasgou os papéis, que não era pediatra e foi embora", contou.
De acordo com a Policia Civil, agentes analisaram as imagens das câmeras de segurança e disseram que há indícios dos crimes de homicídio culposo e supressão de documento.
"A delegada que presidiu o inquérito no momento do registro informou que a médica, na situação em que teriam ocorrido os fatos, era agente garantidora da vida do bebê e por isso poderá responder por homicídio culposo com aumento de pena por inobservância de regra técnica de profissão", disse a Polícia Civil em nota.
O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu sindicância para apurar o caso.
O velório e o sepultamento de Breno acontecem nesta quinta-feira 8, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na zona norte do Rio
Luto nas redes sociais
De acordo com o relato de Rhuana Lopes Rodrigues, mãe de Breno, a ambulância já havia chegado ao condomínio em que a família vive, na Barra da Tijuca, quando a médica da ambulância rasgou o documento com o pedido de remoção e fez a ambulância dar meia volta.
O pai da criança escreveu nas redes sociais uma despedida ao filho. "Ainda tínhamos tanto para viver. Cada momento juntos foi tão maravilhoso. Você nos trouxe tantos ensinamentos, tanto amor e tanta esperança", escreveu Felipe Duarte. "Se soubesse o quanto todos nós te amamos."
Em nota, a Unimed-Rio lamentou o falecimento de Breno e explicou que o serviço era feito pela prestadora Cuidar. "A Unimed-Rio lamenta profundamente o falecimento do pequeno Breno Rodrigues Duarte da Silva na manhã desta quarta-feira, 7, e vem prestando apoio irrestrito à família nesse momento tão difícil", disse. "A cooperativa tomará todas as providências para descredenciar imediatamente o prestador 'Cuidar', pela postura inadmissível no atendimento prestado à criança. Além disso, adotará todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis em razão da recusa de atendimento por parte do prestador de serviço.".