Brasília – O mal do século em evidência. Embora estudos comprovem que a prática de atividades físicas previne doenças como infarto, câncer de cólon, diabetes e pressão alta, o sedentarismo segue crescendo. E uma das explicações é a própria crise econômica. O quadro ficou ainda mais pior em decorrência da retração econômica, com o estresse sendo associado ao agravamento das doenças. A recessão que se alastrou há dois anos impactou de diversas formas a vida dos brasileiros e provocou uma sensação de instabilidade que tem gerado diretamente a ociosidade física.
A estudante Lanna Sant’Anna, 22 anos, de Brasília, que o diga. Ela fazia academia de três a quatro vezes por semana, mas interrompeu as atividades por causa da alta mensalidade. Para ela, o valor do pacote trimestral não compensava, uma vez que o custo-benefício do estabelecimento não condizia com os valores cobrados. “Agora, tento fazer os exercícios em casa ou em academias públicas sempre que posso”, diz.
Se tem uma regra para manter os exercícios, explica Lanna, é não ficar parada. “Faço também caminhadas nos fins de semana”, acrescenta. Outra opção foi participar de grupos que oferecem treinos aeróbicos a preços menores que as academias convencionais. “A crise me fez repensar como usar o dinheiro, e, por isso, acabei tendo que me adaptar ao que é de graça e aberto”, pondera.
O processo de deterioração da economia também impactou em cheio a vida da publicitária Luísa de Magalhães, de 24 anos. No entanto, diferentemente de Lanna, ela, que sempre foi muito ativa nas práticas esportivas, não conseguiu mais manter as atividades pelo arrocho no orçamento. “Gastava R$ 160 na academia e interrompi porque não conseguia mais continuar pagando esse valor”, lamenta ela, que interrompeu as atividades há três anos.
A crise devastou a iniciativa pela prática de atividades físicas. Segundo pesquisa da Sodexo Benefícios e Incentivos, 48% das pessoas assumem ter reduzido a frequência de exercícios devido à recessão. Além disso, 64% afirmam ter feito alguma adequação na rotina de exercícios. Alguns desses, no entanto, decidiram não ficar parados: 46% deles resolveram praticar atividades em parques e ruas, e outros 12% optaram por mudar de academia. Apenas 14% permaneceram na mesma academia, mas alteraram o plano. E 9% resolveram participar de algum programa esportivo gratuito.
INCENTIVO Mesmo com a crise mudando a rotina de práticas físicas, poucas empresas brasileiras adotaram programas formais de incentivo às atividades para os trabalhadores. Embora os ganhos sejam ótimos para a saúde e produtividade dos funcionários, 82,3% das instituições pesquisadas não oferecem programas de estímulo para os colaboradores se exercitarem. Há empresas, no entanto, que trabalham com programas de incentivo.
Belo Horizonte, segundo a prefeitura, tem 54 academias a céu aberto com cerca de 200 tipos de equipamentos. Entre os espaços públicos estão o Parque JK (Sion), o parque da barragem Santa Lúcia (bairro homônimo), a Praça Floriano Peixoto (Santa Efigênia), Praça José Belém Barbosa (Venda Nova), Praça Geraldo da Mata Pimentel (Pampulha), Praça Duque de Caxias (Santa Tereza), Praça Senhor Eron (Saudade) se Praça de Esportes Salgado Filho (bairro homônimo). (Com agências)
* Estagiária sob supervisão de Leonardo Cavalcanti
A estudante Lanna Sant’Anna, 22 anos, de Brasília, que o diga. Ela fazia academia de três a quatro vezes por semana, mas interrompeu as atividades por causa da alta mensalidade. Para ela, o valor do pacote trimestral não compensava, uma vez que o custo-benefício do estabelecimento não condizia com os valores cobrados. “Agora, tento fazer os exercícios em casa ou em academias públicas sempre que posso”, diz.
Se tem uma regra para manter os exercícios, explica Lanna, é não ficar parada. “Faço também caminhadas nos fins de semana”, acrescenta. Outra opção foi participar de grupos que oferecem treinos aeróbicos a preços menores que as academias convencionais. “A crise me fez repensar como usar o dinheiro, e, por isso, acabei tendo que me adaptar ao que é de graça e aberto”, pondera.
O processo de deterioração da economia também impactou em cheio a vida da publicitária Luísa de Magalhães, de 24 anos. No entanto, diferentemente de Lanna, ela, que sempre foi muito ativa nas práticas esportivas, não conseguiu mais manter as atividades pelo arrocho no orçamento. “Gastava R$ 160 na academia e interrompi porque não conseguia mais continuar pagando esse valor”, lamenta ela, que interrompeu as atividades há três anos.
A crise devastou a iniciativa pela prática de atividades físicas. Segundo pesquisa da Sodexo Benefícios e Incentivos, 48% das pessoas assumem ter reduzido a frequência de exercícios devido à recessão. Além disso, 64% afirmam ter feito alguma adequação na rotina de exercícios. Alguns desses, no entanto, decidiram não ficar parados: 46% deles resolveram praticar atividades em parques e ruas, e outros 12% optaram por mudar de academia. Apenas 14% permaneceram na mesma academia, mas alteraram o plano. E 9% resolveram participar de algum programa esportivo gratuito.
INCENTIVO Mesmo com a crise mudando a rotina de práticas físicas, poucas empresas brasileiras adotaram programas formais de incentivo às atividades para os trabalhadores. Embora os ganhos sejam ótimos para a saúde e produtividade dos funcionários, 82,3% das instituições pesquisadas não oferecem programas de estímulo para os colaboradores se exercitarem. Há empresas, no entanto, que trabalham com programas de incentivo.
Belo Horizonte, segundo a prefeitura, tem 54 academias a céu aberto com cerca de 200 tipos de equipamentos. Entre os espaços públicos estão o Parque JK (Sion), o parque da barragem Santa Lúcia (bairro homônimo), a Praça Floriano Peixoto (Santa Efigênia), Praça José Belém Barbosa (Venda Nova), Praça Geraldo da Mata Pimentel (Pampulha), Praça Duque de Caxias (Santa Tereza), Praça Senhor Eron (Saudade) se Praça de Esportes Salgado Filho (bairro homônimo). (Com agências)
* Estagiária sob supervisão de Leonardo Cavalcanti