Desde 2007, o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, passou por mudanças após o acidente com o airbus da TAM e as recomendações feitas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Para aumentar a segurança na pista do terminal, foram adotadas várias medidas, entre elas a redução no número de autorizações para pousos e decolagens.
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Passados 10 anos, ninguém foi punido por acidente com avião da TAM em CongonhasAirbus vai pagar R$ 30 milhões a familiares de vítimas do acidente da TAM em SPMotorista bate Mitsubishi em ponto de ônibus no Distrito FederalFoi implantada também uma nova malha aérea, organizando rotas e horários de voos, além do aumento da fiscalização operacional das companhias aéreas. Além disso, uma instrução normativa proíbe pousos e decolagens no aeroporto, quando os sistemas que aumentam o desempenho da frenagem da aeronave (os reversos) estiverem inoperantes. As pistas de pouso e decolagem atualmente têm grooving.
A Latam Airlines informou que todos os procedimentos da companhia foram aprimorados. “ novas capacidades tecnológicas que podem nos apoiar na agilidade de todo o processo de apuração e atendimento aos familiares”.
De acordo com a Latam, entre as recomendações adotadas pela companhia estão a criação de programas para reforçar a conscientização sobre segurança operacional entre todos os funcionários, reforço do procedimento adequado junto à tripulação em caso da aeronave operar com restrições no reversor, padronização do treinamento aplicado aos pilotos para estarem familiarizados para atuar na função de copilotos, reforço nos processos de treinamento para a formação e reciclagem de pilotos.
“Um acidente aéreo ocorre por uma conjunção de fatores. Justamente por isso é tão importante a análise das informações e investigação por órgãos competentes, de forma que todo o setor possa entender as hipóteses para o ocorrido, bem como reunir também aprendizados”, destaca a companhia.
A Infraero informou que a rotina de verificação de itens considerados críticos dos aeroportos que ela administra no país, tais como o pavimento, o atrito, a macrotextura da pista, a sinalização e o auxílio à navegação aérea, foram sistematizados e intensificados após o acidente. Em Congonhas, especificamente, foram feitas adequações operacionais. As distâncias declaradas para decolagem e pouso, que antes eram de 1.940 metros na pista principal e 1.345 na pista auxiliar, foram reduzidas na pista principal para 1.790 metros na decolagem e 1.660 para pouso e, na pista auxiliar, para 1.345 metros na decolagem e 1.195 no pouso, possibilitando assim a implantação de uma área de segurança.
Corpo de Bombeiros
Segundo o coronel Wagner Bertolini Junior, subcomandante do Corpo de Bombeiros de São Paulo, após o primeiro acidente com um avião da TAM, o Fokker 100, em 1996, a preparação dos bombeiros foi aprimorada. A aeronave caiu sobre algumas casas, segundos após decolar de Congonhas. Ao todo, 99 pessoas morreram na tragédia.
“Depois do primeiro acidente da TAM, a gente veio executando grandes simulações todo ano”.
Mais treinados, os bombeiros puderam, por exemplo, no segundo acidente, recuperar objetos das vítimas, que ajudaram na identificação dos corpos. “A gente buscava com afinco os pertences porque, muitas vezes, era a diferença entre uma família angustiada pela presença de alguém ou não”, explicou.
“A única coisa que a gente não podia minimizar eram as lágrimas dos familiares. Mas a gente tentou fazer a coisa ser o mais organizada possível e respeitosa para as pessoas que perderam seus entes lá”, disse o coronel.
No próximo dia 3 de agosto, o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, irá apresentar especial sobre os 10 anos do acidente da TAM.