Três homens da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram indiciados por uso de arma de fogo na protesto do dia 24 de maio, na Esplanada dos Ministérios. Um homem, vindo de Minas Gerais, foi atingido no rosto por um disparo e, até hoje, segue com a bala alojada na face. Segundo a corporação, os policiais foram indiciados e responderão por lesão corporal.
A regra dita que, em manifestações, seja utilizado armamento não letal e o uso progressivo da força. Os policiais foram afastados das funções, mas continuam empregados. Agora, o caso segue para julgamento na Auditoria Militar, órgão externo à PMDF.
Apesar do indiciamento, a PM afirma que o inquérito não é definitivo, já que o projétil que atingiu o manifestante continua alojado na rosto da vítima. Isso, de acordo com a corporação, impediu a perícia, logo, a conclusão de onde teria partido o tiro.
Após um veredicto, a Auditoria Militar decidirá se encaminha o caso como denúncia para o poder judiciário ou não.
Relembre
Carlos Giovani Cirilo veio de Minas Gerais para protestar contras as reformas da Previdência e Trabalhista, proposta pelo governo Temer. Ele foi atingido no queixo pelo disparo e socorrido logo em seguida no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). Cirilo ficou sedado por vários dias, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital.
Mais de 40 mil pessoas se reuniram na Esplanada dos Ministérios na tarde do dia 24 de Maio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) após um longo dia de guerra entre manifestantes e PMs, no centro do poder. Ao todo, 8 pessoas foram presas, 49 feridas e mais de 12 ocorrências de flagrantes registradas.