Os pais de uma menina negra de 11 anos afirmam que a filha sofreu discriminação racial na loja Starbucks do bairro Jardins, na zona sul de São Paulo, no dia 15. Segundo Jorge e Tatiane Timi, a garota, que é adotada, foi confundida com uma pedinte por um funcionário.
A situação teria acontecido depois que a menina saiu do banheiro. Um dos seguranças teria pedido que ela se retirasse da loja.
"Nossa filha nasceu do nosso coração e você não imagina a dor que sentimos com esta atitude de racismo e preconceito. O segurança pegou no braço da nossa filha e disse que ela tinha de sair e que o lugar não admite pedintes", disse Tatiane, em entrevista à rádio Banda B, de Curitiba. "Imagine como nossa pequena ficou. Em choque, não conseguia se mexer."
Os pais da menina, que moram no Paraná e passavam um fim de semana na capital paulista, se revoltaram e chamaram a polícia para registrar ocorrência. Além disso, acionaram advogados para entrar com ação criminal por racismo e injúria racial contra a empresa.
Pelo Facebook, Jorge Timi, agradeceu à Polícia Militar pelo atendimento. "Não podemos tolerar a discriminação racial em nosso País", escreveu.
'Incidente'
Segundo os pais, a Starbucks fez contato e lamentou o "incidente". "Incidente é quando você queima a língua no café quente. Isso é racismo. Vamos até as últimas consequências. E para que isso não se repita que estamos divulgando o caso agora", disse Tatiane.
A empresa se manifestou dizendo que a acusação é série e será investigada. "Se existe, por parte da família, o sentimento de que a experiência não foi agradável, sem dúvida alguma nós não atingimos o que era esperado e, por isso, estamos realizando uma apuração completa do ocorrido", informou, em nota.
As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.
(João Abel, especial para o Estado).