Jornal Estado de Minas

Fuzileiros navais e tanques de guerra ocupam 'comunidade pacificada' no Rio


O reforço das Forças Armadas na tentativa de combate à violência no Rio de Janeiro entrou em segunda fase neste sábado, com a ocupação do Complexo do Lins - morro já ocupado em 2013 com promessa de unidades de polícia pacificadora. Barricadas foram armadas nos acessos a comunidades. Um homem morreu, baleado no Engenho Novo, outra comunidade ocupada, também na Zona Norte.

Homens do Exército e Marinha reforçam a megaoperação junto a polícias estaduais e federais, contra o roubo de cargas e o tráfico de drogas. O objetivo é cumprir 55 mandados: 40 de prisão e 15 de busca apreensão. A permanência das tropas segue por tempo indeterminado.

Participam da operação 3,6 mil homens do Exército e dos Fuzileiros Navais. A operação usa 514 veículos e 71 blindados militares.

Além do Lins e Engenho Novo, as forças de segurança atuam no Camarista Méier e São João, na Zona Norte. Covanca, em Jacarepaguá, na Zona Oeste e Pedreira e Chapadão, em Costa Barros, também recebem operações neste sábado.

Tropas nas ruas
O Governo Federal mobilizou em 26 de julho 10.000 efetivos - incluindo 8.500 militares - no Rio de Janeiro, para ajudar na segurança e, principalmente, no combate ao roubo de cargas.

O primeiro semestre deste ano foi o mais violento no estado desde 2009, com 3.457 mortes violentas, 15% a mais que no mesmo período de 2016, de acordo com o Instituto de Segurança Pública (ISP).
A área com maior número de casos (23%) é a Baixada Fluminense.

Até agora este ano, 93 policiais foram mortos em confrontos ou fora de serviço. O último caso ocorreu na madrugada deste sábado, quando um sargento da Polícia Militar foi morto a tiros em seu carro, de acordo com um informe da polícia, citado pela imprensa.

De acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, no ano passado foram registrados 10.000 casos de roubo de cargas, principalmente em estradas de acesso à cidade, com perdas calculadas em bilhões. (Com AFP).