Kenzio Dutra de Queiroz, de 27 anos, aluno do curso de nutrição de uma universidade particular, fazia-se passar por nutricionista, vendendo planos alimentares pelas redes sociais. O universitário cobrava R$ 300 pela consulta e R$ 600 para manter o acompanhamento.
Investigado pela Polícia Civil de Cuiabá, o rapaz prestou depoimento nesta quinta. De acordo com a Delegacia de Defesa do Consumidor, Kenzio confessou o crime e deu detalhes de como falsificou um documento para se passar por nutricionista. A polícia acinou um post do universitário em uma rede social, onde ele mostrava o falso diploma falso.
Segundo a Polícia Civil, as investigações iniciaram com a representação do Conselho Regional de Nutricionista da 1ª Região CRN/1, que dizia que Kenzio estava exercendo ilegalmente a profissão, uma vez que ainda era acadêmico do curso de nutrição. Segundo a denúncia, Kenzio fazia atendimentos no próprio apartamento como nutricionista, cobrando o valor de R$ 300 pela consulta ou de R$ 600 para acompanhamento nutricional pelo período de seis meses.
Com a denúncia, os policiais localizaram o universitário, que já havia sido intimado, e o levaram para a delegacia, onde foi interrogado pelo delegado Antônio Carlos de Araújo. Conforme o delegado, Kenzio é fisiculturista e usava o esporte para contatar clientes dentro de academias e vender planos alimentares e de atendimento nutriciona. Ele também divulgava os serviços nas redes sociais, chegando inclusive a dar entrevista a um site Cuiabá, em que falava sobre a importância da formação em nutrição e sobre os atendimentos que ele realizava.
Por usar as redes sociais para divulgar o trabalho, Kenzio começou a receber questionamentos se era realmente formado em nutrição e decidiu falsificar um diploma. Segundo o delegado, o rapaz usou o logotipo da universidade, alterou os dados do documento e colocou o nome dele como se tivesse colado grau no curso de nutrição no ano de 2016. A polícia abriu uma investigação e Kenzio pode responder pelos crimes de exercício ilegal da profissão, falsificação de documento de certificado de conclusão de curso e uso de documento falso.