Rio de Janeiro, 12 - Muitos do que compareceram na segunda fase do Enem, neste domingo, 12, não viam desde os tempos de colégio as questões ds prova, que tratará das disciplinas exatas. Eles fizeram a prova para mudar de vida e, em vez de cursinho, apelaram para os filhos na hora de estudar.
Foi o caso da enfermeira Salete Maria, de 42 anos, que fez a prova na faculdade Estácio, no Rio Comprido, na zona norte do Rio. Ela aproveitou que a filha faria a prova para ir no embalo e tentar a carreira de geriatra. "Como eu trabalho e não tenho tempo para cursinho, minha filha fazia as aulas e depois passava tudo para mim. Assim a gente foi estudando juntas. Ela também está fazendo a prova hoje, mas em outra faculdade", disse.
A advogada Katya Almeida, também de 42 anos, aproveitou que filha fez a prova no ano passado para estudar com ela para psicologia. "Assim que eu terminei a prova, minha filha viu o gabarito e corrigiu pra mim. Eu pedi para ela nem me falar o resultado para eu não ficar nervosa. Mas ela me disse que fui bem", contou.
Já o motorista Anderson de Souza, de 35, que trabalha em uma farmácia, disse que fez a prova para dar exemplo para o filho, de 4. "Estou tentando passar para matemática. Eu acho que, mesmo pequeno, ele consegue perceber que eu estou estudando e tentando mudar de vida", afirmou.
No campus da Estácio, só um candidato chegou atrasado e não pode fazer a prova, o bombeiro civil Florisvaldo de Jesus, de 45 anos.
(Constança Rezende)