Um passageiro se masturbou e ejaculou em duas mulheres que viajavam ao seu lado durante um voo que fazia a rota Belém—Brasília, na manhã desta sexta-feira (8/12). Após a aeronave pousar no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, as vítimas registraram boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia, na Asa Sul.
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Engenheiro é preso em aeroporto de Recife após se masturbar durante vooJuiz mantém na prisão homem que ejaculou em mulher no tremHomem é preso após ejacular no braço de mulher em trem no RioSegundo homem preso por ejacular em mulher em ônibus em menos de 24 horasInspeção veicular será obrigatória no Brasil a partir de 2020Pesquisador da UnB é morto a facadas durante assalto em BrasíliaO advogado das vítimas contou à reportagem que, cerca de meia hora depois da decolagem, às 5h, uma das vítimas, que estava na poltrona do meio, acordou ao sentir que o homem havia pegado sua mão e colocado sobre o órgão sexual dele. Ela percebeu também que estava molhada na barriga e pernas com o esperma do agressor. A passageira que viajava na janela também acordou e estava com a perna suja.
Pedido de socorro
As duas começaram a gritar e pedir socorro. Ao saber o que havia acontecido, passageiros se revoltaram e alguns tentaram agredir o homem. A tripulação transferiu as duas para assentos no início da aeronave e escoltou, durante o restante do voo, o suspeito.
Ainda de acordo com o advogado, o comandante da aeronave, pertencente à Gol, pensou em mudar a rota e pousar em Palmas, mas foi orientado para seguir até Brasília porque no aeroporto da capital de Tocantins não havia unidade policial e judiciária para cuidar do caso.
No Aeroporto JK, ela foram ouvidas por agentes da PF, mas, como não havia delegado no local, foram encaminhadas para a 1ª Delegacia de Polícia do DF (Asa Sul). "Embora a empresa aérea tenha prestado todo auxílio às vítimas, a Polícia Federal e a Polícia Civil são responsáveis por não dar atendimento especializado a elas, que deveriam ter sido encaminhadas a uma delegacia da mulher", avalia o advogado.
Para advogado, foi crime
O defensor também se queixa do fato de as vítimas terem prestado depoimento sem a devida privacidade e respeito à delicadeza da situação. Ele critica também o fato de o exame de corpo de delito não ter sido realizado e questiona a tipicação do ato. No boletim de ocorrência, o caso foi registrado como contravenção de importunação ofensiva ao pudor. Para ele, no entanto, o caso deveria ser enquadrado como crime. "Isso confirma que casos assim não são levados a sério e não recebem a devida importância."
A reportagem apurou que o suspeito se encontrava na 1ªDP até o início desta tarde. Segundo agentes da Polícia Civil, ele prestaria depoimento, assinaria um termo circunstanciado e deveria ser liberado em seguida.
Suspeito banido de voos
Em nota, a Gol repudiou "veementemente" qualquer manifestação de violência como a ocorrida na manhã desta sexta-feira, e informou que a tripulação agiu de forma imediata, imobilizando o agressor e, paralelamente, comunicando a Polícia Federal sobre o fato. Eles também lembraram que o comandante seguiu para o aeroporto mais próximo onde haveria uma equipe da polícia esperando o suspeito para efetuar a prisão.
"Neste momento, a prioridade da companhia é prestar total assistência às passageiras e colaborar com as autoridades", diz a nota.
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