Goiânia, 08 - O governo de Goiás divulgou na tarde desta segunda-feira, 8, uma nota oficial em que afirma que a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, visitou o Estado não "para vistoriar presídios, mas para discutir medidas e estratégias para o sistema penitenciário local e nacional".
"Não houve, em momento algum, por parte do Supremo ou do CNJ, solicitação de agendamento de visita ao complexo, nem antes e nem durante a vinda da ministra a Goiás, na manhã desta segunda-feira, 8 de janeiro", informou em nota a administração de Marconi Perillo (PSDB).
Cármen viajou nesta segunda a Goiânia, onde se reuniu a portas fechadas com Perillo, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), desembargador Gilberto Marques Filho, representantes do Ministério Público, juízes de varas de execução penal e integrantes da segurança pública do Estado.
A ministra acertou a realização de mutirões carcerários e o registro de presos do Estado de Goiás para enfrentar a grave crise penitenciária do Estado. Por questão de segurança, a ministra desistiu de uma visita ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO), palco no último dia 1º de um confronto entre detentos que deixou nove mortos, sendo dois decapitados.
Auxiliares da ministra disseram reservadamente à reportagem que a visita foi cancelada por questão de segurança. O governador, no entanto, garantiu que a ministra estaria protegida caso conferisse pessoalmente a situação do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
"Em entrevista coletiva após a reunião, o governador Marconi Perillo afirmou quando consultado sobre a possibilidade da visita, que, caso a ministra considerasse necessário ir ao complexo, as condições para a vistoria estavam asseguradas pelas forças de segurança do Estado", informou o governo goiano em nota.
(Rafael Moraes Moura e André Dusek - ENVIADOS ESPECIAIS,)