Milhares de pessoas participam de um ato em homenagem às mulheres ao redor da Igreja da Candelária, na região central do Rio de Janeiro, no fim da tarde quinta-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Mesmo sob intensa chuva, os manifestantes fazem discursos e preparam uma caminhada rumo à Cinelândia. Até o início da noite, não havia estimativa do público participante da manifestação.
Participam do ato diversas entidades estudantis e da sociedade civil, além de partidos políticos de esquerda. Embora os principais objetivos sejam defender a igualdade entre homens e mulheres e exigir leis que punam mais severamente a discriminação de gênero, os também manifestantes criticam o governo do presidente Michel Temer (MDB) e a reforma da Previdência.
"A gente briga, cobra igualdade, aí vem esse presidente e diz que mulher é bom pra controlar os preços do supermercado. Não pode, temos as mesmas capacidades e responsabilidades dos homens", reclamou a universitária Renata Nunes, de 22 anos, que cursa Arquitetura na Universidade Federal Fluminense (UFF).
Durante discurso há exatamente um ano, em 8 de março, Temer exaltava as mulheres quando afirmou que "ninguém mais é capaz de indicar os desajustes de preços no supermercado do que a mulher".
(Fábio Grellet)