Trabalhadores dos Correios decidiram pelo fim da greve na tarde desta terça-feira, 13, após decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinar que empregados pagarão parte do plano de saúde e exigir a volta ao trabalho de 80% dos carteiros. "Uma greve com 20% do pessoal não atende ao objetivo do movimento. Achamos melhor recuar estrategicamente e nos reorganizar", disse o secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), Jose Rivaldo da Silva.
Contrariada, a Federação determinou o fim da greve nacional no fim da tarde, mas defende que o TST pode ter aberto um "precedente perigoso" para outras categorias de trabalhadores por ter desrespeitado acordo coletivo ao determinar o pagamento de uma parcela do plano de saúde pelos carteiros.
Leia Mais
Trabalhadores dos Correios entram em greve nesta segunda-feiraQuase 400 mil eleitores ainda não cadastraram biometria obrigatória em SPSenado amplia punição para feminicídioPF estoura laboratório do tráfico e confisca 100 mil pinos de cocaína e crackApesar das críticas, a Federação reconhece que houve "recuo mínimo" do TST ao permitir manter pais e mães dos empregados no plano de saúde até 31 de julho de 2019 com base nas regras antigas.
Diante do debate sobre eventual privatização dos Correios, a Federação diz que será mantido estado de greve e a categoria pode interromper o trabalho "a qualquer momento contra a privatização ou outro ataque que se coloque na ordem do dia". Enquanto isso, a Federação diz que deve ser intensificada a preparação da campanha salarial esperada para começar em julho.
Balanço dos Correios indicava que 24 dos 32 sindicatos de trabalhadores da empresa que aderiram à greve já tinham decidido pelo retorno ao trabalho às 18h da terça-feira. Segundo a empresa, o grupo representa 96,5 mil empregados - o equivalente a 91% do efetivo dos Correios..