São Paulo, 27 - O projeto de lei do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) que libera o plantio de cana-de-açúcar em áreas da Amazônia Legal não está agradando nem mesmo o setor canavieiro.
A União da Indústria de Cana de Açúcar (Única) rejeita a proposta por considerar que traz riscos aos biocombustíveis e ao açúcar brasileiros no mercado internacional. O PL está previsto para ser votado nesta terça-feira, 27.
A entidade endossou um posicionamento da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, grupo que reúne o setor produtivo e organizações ambientalistas. O documento defende que se siga o Zoneamento Agroecológico da Cana, que determina áreas para novas usinas e exclui a expansão sobre biomas sensíveis, como Amazônia.
Para a Coalizão, o projeto de lei poderá causar uma pressão por mais desmatamento. "Os biocombustíveis e açúcar brasileiros não são associados a esse desmatamento. O PL pode manchar essa reputação e colocar em risco os mercados já conquistados", escreve.
O senador Flexa Ribeiro questionou a crítica. "Interessante dizerem isso porque não mancha a imagem da soja nem do milho, que não são plantados nessas mesmas áreas", disse ao Estado. E voltou a afirmar que o projeto prevê o plantio apenas em áreas degradadas da Amazônia. "Não derruba uma única árvore." As informações são do jornal
O Estado de S. Paulo.
(Giovana Girardi)