Durante a reabertura da Biblioteca Parque de Manguinhos, que a partir desta quinta-feira terá o nome da vereadora assassinada Marielle Franco, a viúva da vereadora, Mônica Tereza Benício, cobrou do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, a conclusão das investigações sobre a morte da parlamentar, que completa 15 dias hoje.
“Seu governador, desculpe, mas há sangue nas suas mãos e nas mãos de todos que estão aqui, enquanto o caso da Marielle não for resolvido", disse Mônica ao lembrar que Marielle lutava por causas importantes que continuarão a ser defendidas. “Tentaram matar uma mulher e ressuscitaram uma esperança. Marielle vive e vai continuar lutando pelas bandeiras que acreditava”.
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Biblioteca
Por causa da crise financeira do estado do Rio, a biblioteca-parque estava fechada desde dezembro de 2016.
Para Pezão, dar o nome de Marielle Franco à biblioteca é uma forma de perpetuar em uma comunidade pobre como a da Maré, onde a vereadora cresceu, o combate à violência. “Mostrar que em todas essas comunidades, todos esses locais, a gente vai combater a violência através da educação, da cultura. (...) Ter este nome aqui tem este simbolismo, da resistência, da luta e pela igualdade entre as pessoas.”
A companheira de Marielle elogiou a reabertura do local, mas ponderou que é obrigação do Estado oferecer serviços deste tipo nas comunidades. “Esse projeto é importante que aconteça, mas não é nada menos do que obrigação do Estado que este tipo de serviço seja mantido e feito às nossas crianças faveladas, aos negros, às negras, porque essas eram as bandeiras de Marielle”, afirmou.