Rio - O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, disse na tarde desta segunda-feira, 9, após uma reunião de cúpula da segurança, que as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, "caminham de forma positiva". Os dois foram mortos no dia 14 de março e, até agora, ninguém foi responsabilizado pelo crime.
Além do procurador-geral, participaram da reunião o secretário de segurança, general Richard Nunes; o chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa; o superintendente da Polícia Federal no Rio, Ricardo Andrade Saadi; o promotor responsável pelo caso, Homero das Neves Freitas Filho; e o delegado que preside as investigações, Giniton Lages. Eles ficaram reunidos durante cerca de uma hora. Somente Gussem falou com a imprensa ao fim da reunião.
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Gussem disse ainda que o objetivo da reunião não era fazer nenhuma cobrança. "De jeito nenhum", garantiu.
Coincidência
O procurador-geral garantiu que foi uma "coincidência" o fato de a reunião de cúpula da segurança ter acontecido um dia depois do assassinato de Carlos Alexandre Pereira Maria, de 37 anos, líder comunitário e colaborador do gabinete do vereador Marcello Siciliano (PHS), ouvido na última sexta-feira como testemunha no caso Marielle.
"Isso foi uma mera coincidência, a reunião já estava ajustada há três dias, desde sexta-feira", declarou.
Gussem afirmou também que a operação policial que prendeu cerca de 150 milicianos na madrugada do sábado, 7, em Santa Cruz, na zona oeste, tampouco está relacionada ao caso do assassinato da vereadora.
"O cerco às milícias é uma tendência que vem ganhando corpo cada vez mais, e as autoridades locais vão fazer o enfrentamento com toda habilidade e coragem", disse.
(Roberta Jansen).