São Paulo, 25 - A Câmara Municipal de Bariri, no interior de São Paulo, decidiu abrir processo contra o prefeito afastado Paulo Henrique Barros de Araújo, que foi preso em flagrante após suposto abuso sexual contra uma menina de 8 anos. Ele já era presidente da Câmara e ocupava o Executivo interinamente. Com seu afastamento, também decidido pelos vereadores, o vice-presidente da Casa, Vagner Mateus Ferreira, assume Bariri.
Os vereadores deliberaram para o estabelecimento de um prazo de 90 dias para a conclusão da Comissão processante contra o tucano. Também estabeleceram novas eleições para a Mesa Diretora da Câmara na sessão de posse do prefeito a ser eleito, que deve ter mandato até dia 31 de dezembro deste ano.
Liminarmente, por decisão da Casa, Araújo, que já está preso, também fica afastado de suas funções. Paulo Henrique Barros de Araújo, também foi expulso do PSDB. Nesta segunda-feira, 23, a sigla informou que o político foi desligado da legenda de forma sumária.
Araújo exercia o cargo de prefeito porque o ex-prefeito e o vice da cidade foram barrados na Lei da Ficha Limpa após as eleições de 2016, em que se sagraram vencedores. Araújo responde a dois processos por improbidade administrativa desde que assumiu a prefeitura.
A Justiça decretou a prisão preventiva de Araújo, após agentes da Polícia Militar o encontrarem tentando se esconder no meio do mato. Ele havia raptado a vítima e se dirigido a uma área de mata, onde seu carro ficou preso em um buraco, segundo a Polícia Militar.
A criança fugiu e conseguiu pedir socorro. Bariri tem 35 mil habitantes e fica a 300 quilômetros da capital paulista. A investigação é conduzida Central de Polícia Judiciária, em Bauru, próxima do município.
Defesas
"O PSDB de São Paulo informa que expulsou sumariamente o prefeito interino de Bariri, Paulo Henrique de Araújo. O partido se solidariza à família da vítima e espera que o caso seja esclarecido e o culpado severamente punido", disse o partido por meio de nota.
A reportagem está tentando contato com a defesa de Araújo, mas não obteve resposta. Na Justiça, ele negou que tenha abusado da menina. Também tenta contato com a prefeitura da cidade paulista. O espaço está aberto para as manifestações.
(Luiz Vassalo)