São Paulo, 01 - Com o incêndio e desmoronamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu em São Paulo, na madrugada desta terça-feira, 1º, pré-candidatos à Presidência da República usaram as redes sociais e atos do Primeiro de Maio para se manifestar sobre o ocorrido.
O pré-candidato pelo PSOL e coordenador nacional do Movimento do Trabalhador Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, aproveitou a passagem pelo ato do Dia do Trabalho em Curitiba para rebater mensagens que associam a tragédia aos moradores. Segundo ele, o deputado Jair Bolsonaro, pré-candidato pelo PSL, e seus apoiadores têm espalhado a versão de que os sem-teto que ocupavam o prédio são responsáveis pelo incêndio. "É uma tragédia o que aconteceu e é lamentável que tenha gente nas redes sociais querendo fazer uso político em cima de um incêndio, de um desabamento, de um ferimento e provavelmente de morte de pessoas", afirmou.
Boulos ainda divulgou vídeos em seu Twitter e Facebook cobrando investigações das autoridades, e aproveitou para explicar que as famílias desabrigadas pertencem ao Movimento da Luta Social por Moradia (MLSM). "Ninguém ocupa porque quer. As pessoas ocupam por completa falta de alternativa", disse. "Se há que se responsabilizar alguém é o poder público, que não ofereceu política habitacional para aquele povo, que não assegurou, mesmo sabendo da ocupação e provavelmente dos riscos, condições melhores para as pessoas."
A candidata pelo PCdoB, Manuela d’Ávila, postou no Twitter que a situação era "uma tristeza enorme". Além disso, colocou a culpa da tragédia na gestão pública. "A responsabilidade por um prédio que tomba, com trabalhadores e trabalhadoras dentro, que ocupam por não ter casa, é do Estado que não garante moradia. Minha solidariedade às vítimas e apoio aos que lutam por um teto para viver", falou.
O pré-candidato do PSC, Paulo Rabello de Castro, usou o Twitter para fazer uma comparação entre a situação do Brasil e o desmoronamento do edifício. "Uma cena que espelha o estado de desabamento moral e econômico do nosso País. Mas essa é a hora de reagir pessoal!".
(Nathalia Fabro)