Brasília, 29 - O Ministério da Saúde participa de uma reunião no Planalto no final da manhã desta terça-feira, 29, para discutir estratégias de redução do impacto da greve dos caminhoneiros. Está na pauta da reunião as consequências da greve no funcionamento de hospitais e postos de atendimento. São duas reuniões paralelas que ocorrem no Planalto.
Os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Sérgio Etchegoyen (GSI), Raul Jungmann (Segurança Pública) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) participam do encontro do gabinete de crise. O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, está também no Planalto e outra reunião conta também com representantes de secretarias estaduais e municipais de saúde.
O objetivo é identificar quais são os produtos e serviços mais atingidos, analisar estoques e fórmulas de socorro. O presidente do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, Mauro Guimarães Junqueira, afirmou que a situação é dramática em muitas cidades. "Se a situação perdurar, não tenho dúvida de que mortes vão ocorrer em virtude da falta de abastecimento nos serviços de saúde ", disse.
Alguns municípios estão organizando remanejamento de estoques, uma espécie de rede de trocas, para evitar o desabastecimento. A troca é feita em carros das prefeituras. No sul de Minas, 24 cidades têm materiais para hemodiálise somente até o fim da semana. "Se nada for feito, o serviço vai parar depois desse prazo", disse Junqueira.
(Lígia Formenti)