São Paulo, 16 - A 2ª Vara Criminal de Sorocaba, no interior de São Paulo, absolveu Cristian Cravinhos por porte ilegal de arma, mas manteve denúncia de corrupção ativa. Condenado pela morte do casal Von Richthofen há uma década, Cravinhos foi preso novamente em abril após se envolver em uma briga com a ex-mulher e supostamente tentar subornar policiais.
Em decisão publicada nesta sexta-feira, 15, a juíza Margarete Pellizari afirma que "o cartucho íntegro apreendido foi testado com arma de fogo e não foi detonado". "Portanto, não comprovada a materialidade delitiva, que acarreta a materialidade delitiva, que acarreta a absorvição sumária", determinou a magistrada.
A juíza manteve a acusação contra Cravinhos por corrupção ativa. Segundo a denúncia, Cravinhos ofereceu R$ 1 mil aos policiais que atenderam a ocorrência para não ser preso. A magistrada determinou que a denúncia prossegue e que uma audiência com testemunhas da defesa será agendada para a próxima quarta-feira, 20.
Liminar -
Atualmente detido na Penitenciária de Tremembé, no Vale do Paraíba, Cravinhos entrou com pedidos de revogação da prisão em diversas instâncias judiciais. O habeas corpus, no entanto, foi rejeitado na Vara Criminal de Sorocaba e no Tribunal de Justiça de São Paulo. No início do mês, o ministro Rogério Schietti Cruz, do Superior Tribunal de Justiça, negou liminar garantindo a liberdade de Cravinhos.
Cristian Cravinhos e seu irmão, Daniel, foram condenados em 2006 junto com Suzane von Richthofen pela morte dos pais dela, Manfred e Marísia Richthofen. Sentenciado a 39 anos e seis meses de prisão, Cravinhos progrediu para o regime aberto em agosto de 2017 após cumprir um terço da pena e demonstrar bom comportamento.
Em abril deste ano, Cravinhos foi preso em Sorocaba após agredir a ex-mulher e supostamente oferecer suborno aos policiais que atenderam a ocorrência. Além disso, também foi apreendido um projétil intacto de calibre de pistola 9 mm. À época, a defesa alegou que Cravinhos foi encontrar uma namorada, mas foi seguido pela ex-mulher.
(Paulo Roberto Netto).